A cobrança do Fio B está relacionada aos custos de distribuição de energia elétrica e vem diretamente na conta de luz. Também chamada de Tarifa Fio B, ela remunera as concessionárias pelos serviços de manutenção, operação e expansão da rede elétrica que leva energia até a residência ou empresa do cliente.
Até mesmo quem gera a própria energia, como no caso de sistemas de energia solar, continua a pagar a tarifação do Fio B, já que ainda utiliza a infraestrutura da distribuidora.
Esse valor varia conforme a região e a classificação energética do consumidor, com impacto direto no cálculo da economia gerada com a energia solar.
Neste conteúdo, você vai entender como funciona essa cobrança, como calcular, as diferenças entre o Fio B e o Fio A.
Veja também como a Descarbonize disponibiliza uma solução personalizada e tecnológica para transformar a sua conta de luz em economia — e sem interromper o uso de seus aparelhos no dia a dia. Confira!
Qual o valor do fio B?
O valor do Fio B varia de acordo com a distribuidora e a região. Em geral, trata-se de um componente da TUSD, sigla para Tarifa de Uso do Sistema de Distribuição, que remunera o uso da rede de distribuição. Vamos entender esse valor em dois polos diferentes.
- São Paulo (Enel-SP, residencial B1): tarifa de energia ≈ R$ 0,80/kWh, com Tarifa Fio B em cerca de R$ 0,25/kWh, o que representa aproximadamente 31% do total;
- Rio de Janeiro (Enel-RJ, residencial B1): tarifa residencial também ≈ R$ 0,80/kWh, com TUSD Fio B de R$ 0,248/kWh, ou seja, também 31% do valor total.
Em resumo, esses dados mostram como o Fio B impacta diretamente no custo final do consumo de energia.
Como fazer o cálculo da tarifa Fio B?
Para entender o impacto da Tarifa Fio B na sua conta de luz, é preciso conhecer como ela é calculada e aplicada ao consumo.
Agora, veja o passo a passo para fazer esse cálculo.
- Verifique seu consumo em kWh: consulte sua fatura de energia e identifique o total de kWh consumidos da rede elétrica no mês;
- Confirme a tarifa Fio B da sua distribuidora: esse valor geralmente encontra-se disponível no site da concessionária local ou na sua conta de luz. Ele varia por região e categoria de consumo;
- Multiplique o consumo pela tarifa Fio B: a fórmula considera o consumo da rede (kWh) × Tarifa Fio B (R$/kWh) = valor da cobrança Fio B.
Vamos a um exemplo prático.
- Distribuidora: Enel SP;
- Consumo da rede no mês: 100 kWh;
- Tarifa Fio B: R$ 0,25/kWh.
Cálculo:
- 100 kWh × R$ 0,25 = R$ 25,00 (valor da Tarifa Fio B no mês).
Ou seja, esse valor será cobrado mesmo que você gere parte da energia por meio de painéis solares, já que a rede continua a ser utilizada para compensações ou fornecimento em horários que não tem geração.
Como é feita a cobrança do Fio B?
Em suma, a cobrança da Tarifa Fio B está diretamente ligada às regras definidas pelo Marco Legal da Geração Distribuída, que regulamenta a geração distribuída no Brasil.
De acordo com a lei, consumidores que instalaram sistemas de energia solar a partir de 7 de janeiro de 2023, passaram a contribuir de forma proporcional pelos custos de uso da rede elétrica, mesmo que produzam sua própria energia.
Essa cobrança ocorre sobre a energia compensada, ou seja, aquela que é injetada na rede e depois consumida em momentos em que o sistema não gera, como à noite ou em dias nublados.
Além disso, a lei prevê um cronograma progressivo de implementação da tarifação do Fio B, com percentuais crescentes até 2029.
- 2023: 15% da tarifa de uso da rede (Fio B);
- 2024: 30%;
- 2025: 45%;
- 2026: 60%;
- 2027: 75%;
- 2028: 90%;
- A partir de 2029: 100% da tarifa aplicável.
Esse modelo elaborado visa garantir o equilíbrio financeiro das distribuidoras, já que a infraestrutura continua a ser utilizada pelos geradores de energia solar, além de também manter os benefícios da geração distribuída ativa no país.
Como o Fio B impacta na conta de energia?
Basicamente, a Lei 14.300/2022, que regulamenta a geração distribuída no Brasil, consumidores que geram sua própria energia, como por meio da energia solar, passaram a pagar pela Tarifa Fio B.
Esse processo ocorre porque esses consumidores continuam a utilizar a estrutura da concessionária para injetar o excedente e retirar energia quando necessário.
Na prática, o impacto aparece como um valor fixo na conta de luz, calculado com base na energia consumida da rede.
Como funciona o Fio B?
Em resumo, o Fio B funciona como uma cobrança proporcional ao consumo e à demanda de energia do cliente, calculada mensalmente pela distribuidora.
Ela considera o uso da rede para transportar energia, mesmo quando o consumidor gera parte da sua própria eletricidade.
A tarifa é então aplicada com base em regras da ANEEL e tem valores que podem variar de acordo com o consumo e o tipo de conexão do cliente, o que impacta diretamente no custo final da fatura de energia.
Diferença entre Fio A e Fio B
Na prática, o Fio A corresponde à tarifa pelo uso da infraestrutura da geração e transmissão de energia, enquanto o Fio B refere-se ao custo da distribuição, que leva a energia até o consumidor final.
Consumidores conectados diretamente à rede de distribuição, por exemplo, pagam o Fio B, e os que têm contratos na geração ou transmissão são afetados pelo Fio A.
Ou seja, o Fio A impacta o custo da energia em larga escala, enquanto o Fio B influencia diretamente a conta final do usuário, pois cobre a entrega local da eletricidade, inclusive com manutenção e operação das redes próximas às residências e empresas.
Entenda os grupos tarifários e sua relação com o Fio B
Os grupos tarifários classificam os consumidores de acordo com o seu padrão de consumo e ligação à rede, o que influencia diretamente a aplicação do Fio B.
Conheça o Grupo B e suas subdivisões.
- Grupo B1: residências, pequenas empresas e estabelecimentos comerciais com um consumo menor e tensão de ligação abaixo de 2,3 kV;
- Grupo B2: consumidores rurais e residenciais com baixa tensão, mas com características específicas, como consumo sazonal;
- Grupo B3: são consumidores com ligação em tensão secundária, como é o caso de prédios e condomínios residenciais;
- Grupo B4: consumidores com demanda maior, ligados em média tensão, mas ainda dentro do grupo B.
Na prática, o Fio B é aplicado integralmente aos consumidores do Grupo B, pois estes utilizam exclusivamente a rede de distribuição para receber a energia elétrica. Essa tarifa é a principal componente da cobrança pelo uso da infraestrutura da concessionária.
Em contrapartida, o Grupo A abrange grandes consumidores conectados em alta tensão, como comércios e indústrias de grande porte. Eles geralmente pagam tarifas diferenciadas para geração, transmissão e distribuição, e divide o impacto do Fio A e Fio B conforme o tipo de conexão e demanda.
Quem não tem energia solar paga Fio B?
Todos os consumidores que usam a rede de distribuição elétrica pagam o Fio B, independentemente de terem ou não sistemas de geração distribuída.
No caso dos sistemas solares fotovoltaicos conectados à rede, o Fio B incide porque a energia produzida pode ser complementada ou injetada na rede, o que exige o uso da infraestrutura local.
Por isso, mesmo com a redução no consumo pela geração própria, o preço de energia solar, na hora de calcular o ROI e tempo de payback, é impactado por essa tarifa.
- Leia também: quanto gera uma placa solar?
Tem diferença de valor da luz para comercial e residencial?
Sim, existe diferença no valor da conta de luz entre comercial e residencial. Cada categoria tem tarifas e grupos tarifários distintos, que refletem:
- O padrão de consumo;
- Tensão de ligação;
- Custos de infraestrutura.
Em geral, consumidores comerciais pagam tarifas mais altas devido ao maior consumo e à demanda por energia em horários específicos.
No caso de residências, por exemplo, elas têm tarifas ajustadas para consumo menor e mais estável.
Qual a importância do Fio B na energia solar?
O Fio B é de suma importância para quem utiliza sistemas solares fotovoltaicos conectados à rede, pois ele cobre o custo da infraestrutura que permite a troca de energia entre o consumidor e a distribuidora.
Então, mesmo com as vantagens da energia solar, como economia e sustentabilidade, é importante considerar que o Fio B incide sobre o uso da rede para injetar ou complementar a energia gerada.
Vale a pena investir em energia solar?
Conforme visto até aqui, investir em energia solar, sem dúvidas, é uma decisão inteligente e que traz inúmeros benefícios, mesmo com a cobrança do Fio B na conta de energia.
- Redução significativa na conta de luz: a geração própria diminui o consumo da rede elétrica, com economia mensal de até 95%;
- Autonomia energética: proteção diante de aumentos e bandeiras tarifárias da rede pública;
- Sustentabilidade: energia limpa que contribui para a redução das emissões de carbono e promove saúde para as próximas gerações;
- Valorização da propriedade: imóveis com sistemas solares costumam ter maior valorização no mercado, que chega a 10% de aumento;
- Incentivos e financiamentos: programas e incentivos fiscais facilitam a aquisição, o que torna o investimento ainda melhor e mais acessível;
- Durabilidade e baixo custo de manutenção: equipamentos com longa vida útil (mais de 25 anos) e baixa manutenção.
Invista em soluções energéticas com a Descarbonize!
Contar com a Descarbonize significa investir em soluções com tecnologia de ponta, produtos certificados e assistência técnica especializada, desde o início do projeto até a homologação junto à concessionária.
Oferecemos soluções completas, desde painéis solares AAA até baterias antiapagão e carregadores para carros elétricos, que garantem autonomia e economia real na sua conta de luz.
Transforme sua forma de consumir energia, reduza custos e contribua para um futuro sustentável. Solicite um orçamento e comece a economizar hoje mesmo!