A bandeira vermelha de energia indica aumento no custo da eletricidade, refletido diretamente no valor final da conta de luz. Quando está ativa, significa que o consumo geral é mais alto, o que exige mais do sistema e atenção redobrada para evitar desperdícios por parte dos consumidores.
Na prática, isso significa que será acrescentado um valor adicional na conta para cada quilowatt-hora (kWh) consumido.
O que são as bandeiras tarifárias?
As bandeiras tarifárias são uma forma de indicar se a produção de energia está mais alta. Elas funcionam como um aviso na conta de luz e mostram se o custo da geração naquele período está normal ou elevado.
O sistema de bandeiras tarifárias foi implementado pela Agência Nacional de Energia Elétrica (ANEEL) em janeiro de 2015, para dar transparência e sinalizar mensalmente o custo real da geração. Antes disso, as variações de custo eram repassadas apenas nos reajustes anuais.
Com esse sinal, fica mais fácil entender a variação de preços para usar a energia conscientemente. Cada cor da bandeira representa uma condição diferente de custo, divididas entre bandeiras verde, amarela, vermelha patamar 1 e vermelha patamar 2.
Bandeira verde
Sinaliza que a produção de energia está em boas condições e que não haverá cobrança extra na conta do consumidor. Nesse cenário, a tarifa se mantém no valor normal, e é o momento ideal para usar a energia sem preocupação com acréscimos.
Bandeira amarela
A bandeira amarela sinaliza que a geração de energia está em condições menos favoráveis, o que gera um acréscimo de R$ 1,885 a cada 100 quilowatt-hora (kWh) consumido. Nessa situação, vale redobrar a atenção com o consumo para evitar aumentos na conta de luz.
Bandeira vermelha
A bandeira vermelha de energia indica que a geração está mais cara, devido a condições menos favoráveis, principalmente em períodos de seca, que forçam o acionamento de usinas termelétricas mais caras e poluentes. Essa forma de cobrança é dividida em dois patamares:
Bandeira vermelha — patamar 1: há um acréscimo de R$ 4,463 para cada 100 quilowatt-hora (kWh) consumido;
Bandeira vermelha — patamar 2: acréscimo de R$ 7,877 para cada 100 quilowatt-hora (kWh) consumido.
O patamar 2 sinaliza o cenário mais crítico e dispendioso, indicando o uso elevado de térmicas.
Bandeira de escassez hídrica
A bandeira de escassez hídrica foi criada em 2021 como uma medida emergencial diante da falta de chuvas e da consequente redução no nível dos reservatórios das hidrelétricas.
Para garantir o abastecimento, foi necessário acionar usinas térmicas e importar energia, o que elevou os custos de geração. Nesse período, a tarifa sofreu um acréscimo de R$ 14,20 a cada 100 kWh consumidos, com vigência entre setembro de 2021 e abril de 2022.
Por trás do acréscimo: o custo oculto da geração térmica
O acionamento das usinas térmicas é a principal razão para o aumento do custo da energia e o acionamento da bandeira vermelha.
No entanto, o custo delas é muito superior ao das hidrelétricas, não apenas devido aos preços dos combustíveis, mas também pela baixa eficiência e pelos grandes impactos ambientais.
Para uma empresa que busca a descarbonização, é crucial entender que a energia térmica representa um passivo ambiental significativo:
- Emissão de GEE: a queima de combustíveis fósseis (carvão, gás ou óleo) aumenta a emissão de Gases de Efeito Estufa (GEE), intensificando o aquecimento global e contribuindo para fenômenos como a chuva ácida;
- Poluição hídrica e do solo: o processo de geração térmica produz efluentes líquidos que, se não tratados adequadamente, podem contaminar o solo e os cursos d’água, afetando a fauna e a flora.
Esse deep dive técnico e ambiental diferencia a sua estratégia de consumo e reforça a urgência da migração para matrizes renováveis, como a energia solar.
Como calcular a conta de energia elétrica com as bandeiras tarifárias?
A conta é bem simples e pode ser feita a partir do total de kWh consumidos no mês, somado ao valor extra definido pela bandeira tarifária em vigor.
Esse método permite estimar o impacto da bandeira no valor final da fatura e planejar melhor o uso dos aparelhos que mais consomem energia.
Veja o passo a passo para calcular:
- Identifique o consumo mensal em kWh: veja na sua conta ou medidor a quantidade total de energia consumida no período;
- Verifique a bandeira tarifária vigente: identifique se a bandeira está verde, amarela ou vermelha (patamar 1 ou 2);
- Calcule o adicional com base na bandeira: multiplique o consumo pelo valor extra da bandeira (ex.: R$ 4,46 a cada 100 kWh para vermelha patamar 1).
Se, por exemplo, o consumo mensal atingir 350 kWh e a bandeira vigente for vermelha patamar 1 (R$ 4,46 a cada 100 kWh), o cálculo será:
350 ÷ 100 × 4,463 = R$ 15,62 de acréscimo na conta de luz.
Por que é importante entender as bandeiras tarifárias de energia?
Sabe quando a conta de luz chega e você se pergunta se o valor alto foi causado pelo ar-condicionado, chuveiro ou máquina de lavar? Essa é a importância de entender as bandeiras tarifárias! Elas ajudam a identificar esses acréscimos e ajustar hábitos de consumo nos horários certos. Outros pontos também merecem ser lembrados.
- Impacto no fluxo de caixa empresarial: para pequenas e médias empresas (PMEs), o aumento inesperado na fatura pode ser superior a 20%, pressionando o fluxo de caixa e prejudicando o planejamento de despesas e a capacidade de investimento;
- Transparência: permite saber exatamente quanto você paga pelo consumo extra de cada bandeira;
- Planejamento das finanças: ajuda a prever o valor da fatura e organizar o orçamento doméstico ou empresarial;
- Adaptação do consumo: possibilita reduzir gastos ao usar aparelhos em horários de bandeira verde ou menor custo;
- Consumo consciente: incentiva práticas mais eficientes, evita desperdícios e contribui para a sustentabilidade.
Esse entendimento transforma a sua relação com a energia elétrica ao tornar o consumo mais econômico e oferecer maior controle sobre os gastos mensais.
Quem tem energia solar paga bandeira vermelha?
Sim, quem tem energia solar pode ter incidência de bandeira vermelha, mas de forma moderada. A cobrança se aplica apenas à diferença entre a energia consumida da rede e a energia gerada pelo sistema.
Entretanto, o PL 918/2022 prevê que consumidores-geradores de micro ou minigeração distribuída, como solar ou eólica, não paguem acréscimos por bandeira tarifária sobre o consumo de energia ativa faturada.
Essa legislação em tramitação é mais um incentivo à Geração Distribuída e posiciona a energia solar como uma estratégia de blindagem regulatória contra a volatilidade da matriz energética nacional, garantindo maior previsibilidade e economia.
Dicas para reduzir o gasto de energia durante bandeiras vermelhas
Quando a bandeira vermelha está ativa, cada kWh consumido custa mais. Por isso, reduzir o gasto de energia ajuda não só o bolso, mas também a evitar sobrecarga na rede elétrica. Nesse momento, é importante conhecer tipos de energia solar, que podem ser on-grid, off-grid ou híbridos — as duas últimas opções com uso de baterias de armazenamento.
Com as baterias, você reduz (híbrido) ou elimina (off-grid) a dependência da concessionária e, consequentemente, sofre menor impacto das bandeiras tarifárias.
Um estudo da Descarbonize mostra que baterias de armazenamento podem garantir uma autonomia considerável.
Em uma casa com 4 moradores e consumo de 466,20 kWh/mês, por exemplo, a autonomia chega a 10h46 no modo viagem e 3h53 no modo intenso, o suficiente para sustentar 2 geladeiras, 2 televisões, 3 notebooks, 5 carregadores de celular, internet e iluminação.
Alguns hábitos também ajudam a minimizar o impacto do acréscimo na conta de luz. Entenda!
- Aproveite a luz natural: abra janelas e cortinas para reduzir o uso de lâmpadas;
- Evite deixar eletrônicos em standby: desligue da tomada aparelhos que não estão em uso;
- Otimize o uso de aparelhos elétricos: use máquina de lavar, ferro e outros equipamentos em horários fora de pico;
- Troque por lâmpadas LED: mais eficientes e com menor consumo;
- Aproveite a ventilação natural: minimize o uso de ar-condicionado e aquecedores;
- Invista em energia solar com baterias ou geração compartilhada: garanta autonomia e diminua a dependência da rede sem a necessidade de instalação de painéis.
Com hábitos conscientes e soluções sustentáveis, é possível enfrentar períodos de bandeira vermelha com um gasto menor, sem abrir mão do conforto e da segurança.
Invista em energia solar e desfrute de anos de economia!
Mais da metade dos brasileiros (56%) admitem ter sido pouco comprometidos com ações sustentáveis em 2024. Em um cenário de mudanças climáticas, essa falta de engajamento pode custar caro para o bolso e o planeta.
Entre as atitudes que mais ganharam força no último ano estão evitar o desperdício de água (71%) e de energia (66%), mas ainda há um enorme campo para avançar. Esses são dados de outro estudo da Descarbonize sobre o comprometimento com o meio ambiente.
Investir em energia solar é uma das maneiras mais eficientes de unir economia e sustentabilidade. Ao gerar sua própria energia, você reduz a dependência da rede elétrica e se protege contra a instabilidade tarifária e das já conhecidas, bandeiras vermelhas.
Com a Descarbonize, você pode transformar a luz do sol em economia e reduzir o consumo de luz em até 100%. Trabalhamos com painéis solares de alta performance e longa vida útil, que garantem redução de custos, sustentabilidade e conforto. Solicite seu orçamento e comece agora mesmo essa mudança!
